terça-feira, 18 de setembro de 2007

Liberalização da rota Lisboa-Madeira: Quem espera desespera!

Ontem, na assinatura do acordo entre o Governo e a Easyjet para criação de novas rotas para a Madeira, o secretário de estado do turismo afirmou que o processo de liberalização da rota Lisboa-Funchal estava a culminar e que, em princípio, até ao final do ano, tudo estaria concluído...

A meu ver, este é um momento bastante bastante representativo dos atrasos e da lentidão com que as autoridades tratam dos assuntos. Recordando, foi no final de Fevereiro deste ano que o governo da República anunciou a liberalização, que seria concretizada em 2 meses. Como expectável, o prazo passou e não houve qualquer novidade. Já no Verão, novamente o Governo anunciou que em Outubro tudo estaria concluído. Entretanto, o secretário de estado do turismo já fala "em princípio" e "no final do ano".... E eis que, uns dias depois, confirma-se: o novo prazo limite é mesmo "o final do ano"!

Ou seja, apesar dos responsáveis políticos/governantes reconhecerem a importância deste processo e o desejarem (pelo menos é o que afirmam), foram responsáveis por adiamentos sucessivos. Entretanto - tendo em conta as declarações provenientes da Easyjet - encontra-se uma empresa à espera do Governo para avançar. É desta forma que o governo da República quer estimular a economia?

sábado, 15 de setembro de 2007

Primeiras páginas de todo o mundo

Uma ferramente que dá sempre jeito: as primeiras páginas de diversos jornais espalhados pelo mundo:

http://www.newseum.org/todaysfrontpages/flash/

Qual a minha ideologia política?

Nunca fui muito de andar a fazer testezinhos na net nem nunca acreditei muito na validade destas coisas... Mas encontrei um questionário, constituído por 24 questões, que me parece bem interessante e cujos resultados supostamente identificam a ideologia política de quem o preencheu... Curioso, nem que seja por evidenciar que aquela divisão esquerda-direita é, cada vez mais, uma coisa artificial e non sense... Especialmente no nosso país, cujo sistema de partidos é um bocado atípico, com partidos cujo nome não tem nada a ver...

http://www.selectsmart.com/FREE/select.php?client=polphil

Lisboa-Funchal na Easyjet

Tem sido uma notícia muito aguardada nos últimos tempos mas tarda em chegar. Com a anunciada liberalização do transporte aéreo entre Lisboa e Funchal e como o fim de algumas obrigações de serviço público nesta rota, abrir-se-á lugar para a operação de novas companhias, designadamente low-cost. Apesar de muitos terem dúvidas quanto a isso e apresentarem já uma espécie de saudosismo em relação àquilo que vão ser os velhos tempos - os tempos em que, na TAP sem concorrência, os preços eram high cost e o serviço bem low cost - tenho uma visão muito optimista em relação ao que vem aí. É claro que é previsível que as tarifas sem restrição fiquem mais caras; mas os ganhos são muito superiores às perdas!

Os responsável da Easyjet, em diversas ocasiões, têm mostrado o seu interesse na rota Lisboa-Funchal (bem como noutras rotas domésticas) e o que parece mesmo é estarem à espera da publicação da nova legislação para poderem avançar. Ainda ontem o confirmou, numa entrevista ao Semanário Económico, Arnaldo Muñoz, o director da Easyjet para o sul da Europa.

Resta, então, esperar que o Governo da República tenha uma luz de eficiência e, para variar, faça qualquer coisa a beneficar a população das regiões autónomas. A este propósito é de recordar que o anúncio da liberalização foi feito pelo secretário de estado em Fevereiro de 2007... Sendo que, então, esperava que dentro de 2 meses, pudessem ter já alguns resultados!... Depois da autorização da UE, as perspectivas apontam para que a legislação seja publicada em Outubro... A ver vamos.

Aeroporto de Lisboa: Terminal 2 ou barracão?

Apesar da opinião negativa generalizada em relação ao “terminal” 2, aguardei pelas minhas primeiras experiências que, por acaso, não foram no início de Agosto, o pico da incompetência de quem gere a Portela… Penso que no final de Agosto alguns dos problemas tinham sido resolvidos, mas a verdade é que, independentemente de chamarmos aquela infraestrutura barracão, armazém ou guetto, aquilo é muito mau para ser verdade!... Designar aquele espaço de terminal é, no mínimo, um eufemismo. Alguns pormenores (como a existência de caixotes do lixo nas casas de banho!!!) já foram resolvidos, mas, na base da sua existência, continua a velha questão: se iam construir um novo terminal porque não construíram algo decente?!

Algumas notas sobre a experiência aversiva que é utilizar aquele espaço:

(1) Curiosamente, é desde logo o comportamento verbal e não verbal dos funcionários com quem interagi que mostrou o seu descontentamento face ao sítio onde trabalhavam. O que não deixa de ser sintomático e um “cartão de visita” significativo;

(2) O “terminal” 2 não é confortável: é mal ventilado, barulhento, existem diversos locais cujas condições de higiene são lamentáveis, não tem espaço, assemelha-se a um terminal de autocarros;

(3) Atraso é frequentemente palavra de ordem… Quando o voo está a sair a horas, sente-se pouco o efeito negativo do “terminal”; se um voo não sair a horas e os passageiros tiverem de espera… começa o pesadelo!

(4) Quando há vários voos em horários próximos, o check-in é uma confusão, sem controlo nem ordenação, com várias filas que se cruzam e balcões pouco diferenciados;

(5) O embarque é lento, confuso e feito “às pingas”. Destaco a experiência recorrente de ter de estar em pé dentro de um autocarro durante minutos intermináveis;

(6) A experiência de transferência, pelo lado ar, é caótica. Os passageiros que desembarcam no terminal 1 e têm de se dirigir ao “terminal” 2 andam perdidos na gare, registando-se uma falta de informação generalizada. Para não dizer que, mesmo que consigam efectuar a transferência de terminal, as respectivas bagagens frequentemente não!

(7) Pela divisão da operação da TAP, os passageiros do “terminal 2” têm de aguardar ainda mais por outros passageiros de voos internacionais, que chegam muitas vezes de forma aleatória;

(8) Como não existem protecções, não quero imaginar a chegada com bagagens ao “terminal 2” num dia de chuva… Será que o pessoal da ANA-Aeroportos ainda não percebeu que não é só no Inverno que chove?
(9) A lounge tem dimensões sofríveis, não havendo espaço para os seus utilizadores se houver vários voos em horários próximos. Sendo que para lá chegar, os passageiros têm de passar por umas escadas cujos acabamentos não foram concluídos e por um corredor cujo chão são plataformas de madeira!

Não me surpreende por isso o sentimento de revolta em quem tem de utilizar aquele espaço, em especial quando não tem outra alternativa. Tratam-se de passageiros que pagam as mesmas taxas de aeroporto, viajam em voos regulares de companhias nacionais de bandeira (e não low-cost e charter, por exemplo), mas usufruem de uma infra-estrutura aeroportuária medíocre!

É conhecida a situação em que se encontra o aeroporto e a necessidade de se encontrarem alternativas. Não se compreende, porém, são as opções tomadas, sobretudo no que toca à distinção dos voos domésticos, nem também o discurso hipócrita veiculado pelos responsável da ANA, que tentam transmitir um sentimento que jamais será assumido pelos passageiros: que o que “terminal” 2 do aeroporto de Lisboa é um espaço aprazível e eficiente.

TAP: Take another plane?

Apesar de não me parecer tão líquido que as finanças da TAP estejam estabilizadas, não há nenhuma dúvida que, nos últimos anos, houve um grande crescimento da companhia, com o número de passageiros e rotas a subir de modo muito significativo. Até aqui tudo bem… A questão é à custa de quê aconteceu esse crescimento?...

Sempre houve quem dissesse mal da TAP. Eu não. Mas confesso que hoje em dia cada vez mais tenho motivos para o fazer!... Quem conhecia a TAP há vários anos e sabe agora ver a diferença reconhecerá que o crescimento da companhia não foi sustentado. E o resultado disso foi uma impressionante degradação do serviço: do serviço a bordo; da pontualidade; do handling; da forma como os passageiros são tratados – não como clientes, que pagam um serviço, mas como mercadoria –; dos recursos humanos, em especial os mais recentes, que definitivamente não têm aqueles que foram os valores e a cultura organizacional que já foi marca de distinção da TAP, nem o brio profissional que se requer. Para não falar no rebranding que ocorreu. Há quem goste da nova imagem, mas para mim estas novas cores não passam de uma foleirice pimba e plástica, a qual, aliás, acaba por ir bem com o restante serviço.

Por outro lado, acho vergonhoso que para aquela que seria a companhia aérea nacional seja possível “viajar entre Portugal e a Madeira/Açores” (!), como é visível no programa de passageiro frequente…

Não sou adepto de saudosismos nem do espírito small is beautiful. Mas, no caso da TAP, podemos mesmo dizer que, parece que só quando foi small é que foi beautiful!

Volta TAP Air Portugal que estás perdoada!...

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Aeroporto da Madeira... para quem não conhecia

Uma das mais impressionantes infraestruturas aeroportuárias!... Aterragem única... E a ver pelas críticas e reviews no Skytrax, com um serviço muito eficiente!

(Primeiras 2 fotos: antigo sítio da ANAM; duas últimas fotos: airliners.net)